DEMOCRACIA PARTICIPATIVA- A única verdadeira!

conto - Meus professores me enganaram.

conto - Meus professores me enganaram.

Meus professores me enganaram. 
Ficção tão perto da realidade que os fusos horários são os mesmos
 
 Dona Ermelinda, a boa professora, já faleceu.
 
Em casa nos ensinavam a sermos umas crianças boazinhas. A única maldade que aprendíamos em casa era a bater. Naquela época nos batiam para que fossemos crianças boazinhas. Não pensavam, não raciocinavam, e produziam revoltados. Eu vi mais tarde, aqueles que mesmo apanhando diziam que eram culpados, bem mais tarde, ainda bendizer as surras que apanharam de cinto, de chinelo, de palmatória. Mas isso era na escola. Apanhei bastante apesar de ser sempre o primeiro ou o segundo da turma, até o dia em que comecei de espontânea vontade a oferecer a minha mão para a palmatória da minha querida professora dona Ermelinda. Digo querida, porque sem ela, meu pai não me teria posto na escola para estudar e muito menos para me formar. Já ouvi falar do complexo de Édipo, do complexo de Electra, e agora temos que inventar o complexo de “inveja paternal”. Podia pagar com folga. Porque não queria que eu estudasse? Não valia a pena o sacrifício, que nem era sacrifício nenhum?  Mas quando me formei ficou orgulhoso e me apresentou aos amigos como “meu filho engenheiro”. Ah... Os professores... Então... Todos... Todos eles me ensinaram os bons modos, a ser um sujeito decente, competente, com a recomendação de que seria mais um cidadão do futuro a desenvolver a minha pátria. Como tenho duas pátrias, tenho que desenvolver duas, por isso que não recomendo a ninguém a dupla nacionalidade. Dá muito trabalho e por vezes sentimos que não vale a pena. Roubam-nos tudo em impostos e desperdícios. Melhor emigrar, ficar uns cinco anos e depois emigrar outra vez, depositando a grana economizada num paraíso fiscal que cobre menos imposto.  Assim nos roubam menos em nossa própria terra.
 
Nunca nenhum professor me alertou para os perigos da vida como eles realmente são. Os professores aprenderam muitas matérias, sofreram muito para estudar, conhecem a vida, mas as diretorias das escolas não deixam que nos alertem para os perigos, contando-nos como o mundo realmente é. Diziam-nos que deveríamos defender a pátria sem nos avisar porque raios de motivos nossos governos declaravam guerras ou se metiam em guerras, e nunca nos disseram que os presidentes tinham o poder de nos chamar em manifestações para baixar o cacete em populações nacionais indefesas, nós, os soldados, armados a acobertados até os dentes como se estivéssemos numa guerra de matar ou morrer. Diziam que era tudo maravilhoso, que a nação era uma esperança só. As duas que me catalogam como binacional. Toda a nação deveria ter verde em suas bandeiras, vermelha cor de sangue, negro a cor da imbecilidade, e branco que representasse o individuo sozinho, tentando sobreviver a esse caos onde todos mandam nele, lhe batem, lhe jogam gás de pimenta, lhe furam o couro com balas de borracha e o trancafiam numa prisão como se fosse um terrorista.
 
Viemos ao mundo errado, construímos um mundo errado, ou somos umas lesmas vagarosas e sem cérebro que não percebemos bem onde estamos, se numa folha verde de esperança, ou numa salada em um prato, prontos para sermos devorados pelos reis do castelo. Professores não ensinam isto. Não ensinam porque a diretoria e os donos dos colégios não deixam. Querem manter a juventude com esperanças, sem causar problemas em casa. Professor não é livre para ensinar nem para completar a educação de casa. Por isso em muitas escolas a violência dos alunos se torna insuportável. Eles sabem que os professores estão escondendo o jogo, e que “lá fora” a vida é muito diferente e há que sobreviver. E nem sempre os melhores alunos são os mais efetivos neste tipo de sobrevivência. E quando chegam nas empresas, todos verdes, cheios de esperança, começam a aprender coisas nas quais custam a acreditar, coisas que dão lucros incríveis para as empresas, das quais não escapam nem as santas igrejas que têm contas em Banco.
 
E quando temos nossos vinte anos, e enfrentamos o mundo, olhamos para trás, para o que nos ensinaram em casa e nas escolas e universidades, e comparamos com o que vemos na vida e nas empresas em que trabalhamos e ficamos pasmados, embasbacados, atônitos. Como é possível que sejam dois mundos tão diferentes? Enganaram-nos no ensino. O tempo todo nos enganaram. Talvez para mostrarem como estávamos domados, como éramos boas crianças, educadas, orgulho dos pais, por sua vez excelentes cidadãos... E lá vamos nós pela vida, o balconista enganando o freguês por ordem e instrução do patrão, mas com vontade de avisar que na outra loja o artigo é melhor e mais barato... Engenheiros e médicos, e todos nós, cooperando para as empresas ficarem cada vez mais ricas, arriscados a levar um tombo na vida, indo para hospitais de tratamento alienados, tendo visões com uma bata que mostra a bunda, soro na mão, pelos corredores dizendo: os alemães estão atacando... Cuidado com os índios, eles vão nos pegar... Ou entrar no carro e dizer em voz baixa que façam silêncio porque podem ter plantado escuta no veículo. E tudo para dar lucros às empresas que até pagam bem, muitas vezes não por competência, nem por quem indica, mas por eficiência no trato com as finanças.
 
Então, fartos de sermos explorados e de mandarem em nós desde a infância, sendo obrigados a esquecer os bons princípios que nos ensinaram durante toda a vida escolar e sob o teto dos pais, vamos para a rua reclamar contra a escravidão mensal, anual, secular, milenar... Sem nunca termos mudado decentemente este mundo, nem nós mesmos, os neo-escravos do século XXI e do Papa Francisco, no que pesem tantas escolas, tantas universidades – algumas católicas, tantos professores. Ninguém quer mudar nada aparentemente, a não ser quem vai para as ruas.
 
E vêm nossos irmãos, e nos baixam o sarrafo na avenida, só porque queremos decência no modo de governar, bons serviços públicos, bons transportes, boa infra-estrutura com água potável energia elétrica e esgotos tratados, boa educação.
 
Porque será que somos tão burros e idiotas que não mechemos uma palha para mudar de vida? Será doença? Se for, temos urgentemente que pedir uma bolsa-doença para sobreviver neste mundo, com alguns calmantes de sobra para vencer o mal estar.
 
Nossos professores também foram enganados. Será desculpável? O que mudou no ensino?
 
Há gente que está e esteve no governo, com e sem diploma, e que nem passaram pelas prédicas dos professores. Estavam entretidos com guerrilhas, com dar lucros a empresas, e não têm problemas de consciência. Outros até passaram bons tempos na escola, mas aprenderam rapidamente a “nobre” arte de embrutecer a consciência.
 

 

© Rui Rodrigues 
  • DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, TOTAL, VERDADEIRA,
  • Como funciona a Democracia Participativa- Divulgar
  • Brasil - Esboço para nova Constituição
  • Portugal - Esboço para Nova Constituição
  • Sites sobre Democracia Participativa
  • O despertar do Norte de África-(E da humanidade?)
  • O uso de seu voto na democracia participativa
  • Tabus Sociais e a Democracia Participativa
  • Mensagem aos portugueses
  • senhores candidatos, com que cara vão pedir votos?
  • Sobre transição da Ditadura para “Democracia” e...
  • Sobre os bancos que recolhem as verbas públicas
  • O clima está mudando e as cigarras são poucas.
  • Chega de hipocrisia política- Basta!
  • A produtividade da emergente economia brasileira
  • O que esperamos nós, amantes da ética...
  • VOCÊ É RICO POBRE OU MISERÁVEL? – (Decida)
  • Cenário -2018
  • VIOLÊNCIA NO MUNDO (O que poucos admitem)
  • CAMARATE- Depoimento do ATENTADO e envolvimentos
  • Porque crise mundial não termina antes de 2018/28
  • O Brasil que queremos e a curva de Gauss
  • A crise econômica portuguesa, o fado, e a solução
  • 2011-Dívidas interna/externa de Portugal e Brasil
  • O perfil vencedor de um candidato a senador
  • Indecisões na Vida - E na política
  • A asquerosidade dos ratos de esgoto
  • Crise Mundial de 2008 – Fundamentos
  • Curdos - Síria - Bashar al-Assad
  • Intervenção do estado na democracia brasileira
  • From Russia With Love - Da Rússia com amor
  • Está lá o corpo estendido no chão
  • Crise econômica mundial e as “mudanças” políticas
  • Cuba, Fidel e o fim do Comunismo
  • Visões modernas do Socialismo no Brasil
  • Tudo bem, senhores do governo[1], roubem à vontade
  • Angola - Curiosidades sobre uma nova nação
  • A rica industria da pobreza
  • Esses Líderes de Araque
  • Homens e mulheres à frente do “seu” tempo!
  • O futuro de Portugal- Essa sociedade amorfa
  • CHINA , presente e futuro - 中国,现在和未来
  • Sem ilusões - Política e dopamina
  • Afundem o Lusitânia e outros 3 engôdos políticos
  • Crise mundial - sou paciente - Tenho paciência
  • Pressões sociais hoje – A Partilha do queijo
  • Brasil - Porque o PT perdeu as eleições – 2012
  • O Brasil de hoje - Uma opinião sem muita filosofia
  • Portugal – Como sair da crise de 2008
  • Política e vida à luz da consciência -
  • Panorama mundial - 2012.
  • O que é emigrar - Portugueses
  • Como passar em provas - Brasil - ENEM
  • O dilema do eleitor na hora de votar.
  • Vamos acabar com as guerras?
  • Os últimos condenados à morte
  • Good bye Romney!
  • Goa, Damão e Diu – Outra verdade!
  • Os neoescravos do século XXI
  • Humanidade encurralada !!!
  • Amazônia – Uma solução
  • Carta Aberta a Angela Merkel
  • Brasil fora de Ordem e de Progresso?
  • Como começa uma guerra mundial – Sinais
  • De olho em Dilma Rousseff - Reeleição jamais!
  • O Oriente Médio – momento atual e futuro.
  • Penso, então existo.
  • Economia - Um jogo de Pôquer ?
  • Lula suicidou-se!
  • Curemo-nos a nós mesmos
  • Contratos - No âmbito da administração pública
  • A necessidade da política tal como a conhecemos
  • Política- O incrível exército dos moribundos
  • Ensaio sobre a existência
  • O conflito Israel-palestino - O Cerne da Questão
  • Uma velha profissão: Políticos artistas!
  • Bento XVI, a Igreja Católica e as mudanças
  • Construindo imagens do mundo.
  • Bolsa de apostas - Quem será novo Papa
  • Consciência Planetária
  • A segunda guerra da Coréia
  • Os sete trabalhos de Francisco
  • Precisamos de um novo modelo econômico?
  • Sobre Margareth Thatcher – Conclusão póstuma.
  • Sobre os povos indígenas[1]
  • Como acabar com o terrorismo – Um processo difícil
  • A tragédia portuguesa - A verdade !
  • A ilha de Páscoa, um exemplo da sustentabilidade
  • Feminino masculino - Hatshepsut e Joana
  • O futuro político do Brasil – Sem muita filosofia.
  • Atlântida - A verdade à luz de Platão.
  • O despertar do monstro humanidade
  • Sexo e filhos
  • Conto - Manitu e Alce Pensativo
  • Caminhadas pela natureza da vida
  • Entenda-se Lula e Dilma e “seus” governos.
  • O messianismo político na América do Sul
  • A fama no tempo dos que governam.
  • Os arquivos secretos de Lula
  • Entendendo o Senhor Ministro Barbosa
  • O extraterrestre de Catités
  • Os quatro cavaleiros do Petecalipse.
  • Rumos da política portuguesa
  • RecaPiTulando o PT....
  • O livro vermelho do Crack
  • Seja sempre honesto quando procurar emprego.
  • Acredite, há um modo fácil de ser feliz neste mund
  • Tese Social - A armadilha do Destino
  • Sociedades em transformação e o Mundo Gay
  • O mendigo [1] ilustrado
  • A nobre arte de varrer e o “socialismo transnacio”
  • Razões dos movimentos de rua no Brasil 2013
  • Carta aberta ao Governo e ao Congresso Nacional
  • A JURISPRUDÊNCIA E A MORALIZAÇÃO DO BRASIL
  • Egito – uma primavera da humanidade ?
  • Senatus Populis Que Brasilis.
  • Apelo às forças armadas do Brasil
  • Uma hora de cidadão na democracia participativa.
  • O voto
  • Sete bilhões de humanos procurando governo honesto
  • O PAPA FRANCISCO QUE SE CUIDE...
  • conto - Meus professores me enganaram.
  • Se eu fosse senador
  • o Nojo....
  • Como os cidadãos podem governar por si mesmos
  • Cabum ! Preparação para nova guerra ?
  • Traição à Pátria
  • A neve de Verão (sob o ponto de vista do boi)
  • Weimar 1919 e Brasil 2013 - Um paralelo
  • Porque o Papa Francisco pede para rezar por ele
  • Venha viajar de balão. É grátis.
  • INTERVENÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS.
  • Os acordos "Direita x Esquerda" e o fosso de vácuo
  • O caso dos Pesseghini. História mal contada ?
  • Brasil em impasse político
  • O Ciclo do Comunismo - Ascensão e queda.
  • Carta Aberta ao Ministro Lewandovsky
  • O “deus tutelar” - Seus efeitos sociais e ...
  • Esboço para alterações políticas - Brasil
  • O casamento e o presidente.
  • MOTIVAÇÕES de líderes mundiais
  • Limpando o senado federal, dando-lhe ética e moral
  • protocolo e cerimonial Planalto e Casa Branca
  • O amor nos tempos do dengue.
  • Minha admiração pela "Ladeira Abaixo 10"
  • O mercado de drogas. Como combater.
  • O melhor Partido Político.
  • Já sentiu saudades de um tempo que nunca viveu?
  • Acha que o “mundo” está mudando ?
  • O ultimo encontro com Fidel Castro
  • A Política no Brasil em tons de verde e amarelo
  • O Socialismo do século XXI – Nu e cru.
  • Ucrânia – Crimeia por Guantánamo?
  • O que podemos mudar no mundo para ser mais justo?
  • A Democracia Participativa e as eleições de 2014.
  • A famigerada copa Brasil 2014 da FIFA.
  • As eleições de 2014
  • O momento político-econômico do Brasil - jan 2015
  • 2015 - Já vimos este filme antes?
  • Refletindo sobre guerras - Teremos mais uma ?
  • A Grande Esperança para a humanidade e o Ambiente
  • A Ordem é uma estrada e por ela vai um Bando...
  • Contactos
  • Translate this Page



    ONLINE
    1






     DP

    Na humanidade, o que importa é o individuo. Todo o resto da paisagem que nos cerca serve para manter o individuo. Vivemos em sociedades, cada uma com suas características e se viverem em paz entre si não teremos guerras. Parece lógico, mas ou não é lógico, ou há grupos dentro das sociedades que não entendem esta lógica. Esquecem o coletivo e olham para si mesmos querendo o mundo para si. Restringem a humanidade ao seu grupo.

    Todo o ser humano que seja verdadeiro democrata é a favor: 

    1. Dos direitos da criança
    2. Dos direitos humanos
    3. Da paz entre as sociedades e as nações
    4. Da igualdade de gêneros perante a lei e as instituições religiosas
    5. Pela liberdade de expressão em qualquer lugar
    6. Pela sustentabilidade do planeta
    7. Pela proteção da vida selvagem
    8. De rejeitar qualquer movimento ou ação terrorista
    9. De rejeitar qualquer tipo de violência
    10. De votar item por item a própria Constituição que regirá o governo
    11. De ampliar a democracia ao direito de deseleger quem perca a confiança do eleitor
    12. De ter voz decisiva nas decisões de Estado, por votação popular. 
    13. Da Justiça independente da política
    14. Da nomeação de Juízes do Supremo Tribunal e Ministros por votação popular. 
    Blog recomendado para assuntos gerais relacionados ou não com este tema: